sábado, 20 de agosto de 2011

Negro sou

No semestre passado, em uma das atividades propostas pelo matéria de Literatura Afro-brasileira estava a criação de um poema sobre o tema. Pois bem, como eu gosto de escrever fiz um poema, que posto logo abaixo...


Negro sou


Negro
O que você vê?
Alguém igual a você
Não é o que você pensa
Em ti há dor, dor e desespero
mas não é tua esta dor
É minha, cuja morte me espreita
Tal como antes, o cinza dos céus abertos
Meu belo não existe em meio a vocês
Que se julgam serem mais do que são
E à nós o que resta é o pesar
A dor, ao escravo, bode adestrado
Que pouco ou nada merece viver...
O que há em ti tem um nome
Posso dizer o que não admite
Mas se admite, compreende o que digo
Negro
Sou negro sim!
É isso que trás valor em mim
afinal, o que move a mão que bate?
A voz que grita?
O coração que chora?
Negro
Sou negro sim
Mas enquanto existe medo
existe o negro perecer
Vida, morte
Dor ou libertação?
São apenas palavras
Negro é negro
Negro é o que sou...

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